QUE A ARTE NOS ILUMINE
LEMUEL GANDARA
Lemuel Gandara nasceu em 1984, em Goiânia, reside e produz em Brasília desde 2013. Seu repertório plástico se expressa em pinturas, ilustrações, objetos, arte têxtil e cinema. É doutor e Mestre em Literatura pela Universidade de Brasília (UnB) e Educador no Instituto Federal de Goiás, em Formosa. Suas obras já foram exibidas e publicadas no Brasil e no exterior em salões, bienais, festivais e revistas especializadas. Em 2024, ficou no TOP 20 da exposição Togetherness, realizada pela D31 Art Gallery, no Reino Unido.
“colho mundos nas entranhas da terra: composição e descomposição perenes; transmutação de universos orgânicos no exercício atemporal de vida morte, transcendência e arte.”
Técnica
Arte têxtil
A moda é uma das maiores fontes de influência de Gandara. Essa área do conhecimento já esteve em suas pesquisas acadêmicas, com destaque para a sua premiada dissertação de mestrado, e possibilitou o artista adentrar o universo das linhas, tecidos, tramas e técnicas de costura e colagem. Essa foi a chave de entrada para a arte têxtil e suas dimensões sensoriais e estéticas que questionam a forma e a matéria da arte. As manualidades como o bordado e as artesanias são pontos fundamentais de suas produções experimentais.
Pesquisas
Temática
Alquimia do absurdo
Alquimia do absurdo apresenta pinturas e objetos que se preocupam com a relação entre humanidade e natureza com foco no Cerrado. Após pesquisas bibliográficas e imersivas em regiões do estado de Goiás e do Distrito Federal, Gandara está desenvolvendo obras que apresentam ao público pontos de tensão e também nuances transcendentais de forças orgânicas fundadas e viventes no bioma e importantes para o patrimônio natural e também simbólico dos povos que vivem no Cerrado seja no campo ou nas urbes em diálogo com temas que já fazem parte de sua produção, caso do tempo.
Portfólio 2024
Da casca ao cosmos
A linha temática que organiza as obras e ações de Gandara apresentadas em seu Portfólio 2024 é Da casca ao cosmos. Essa ideia marca a travessia da gênese criativa à multiplicidade de linguagens contemporâneas que rompem as fronteiras de tempo e espaço a partir dos mundos orgânicos insubmissos à luz e que só existem quando plasmados em arte.
A linguagem orgânica de Gandara
Cada obra de arte é única, assim como os elementos que nela são compostos. Traços, formas e cores autônomas se conectam para criar cenas, paisagens e sensações que ganham vida no mundo interior do público. Essas são as camadas da linguagem que o artista Lemuel Gandara trabalha em suas produções, ela nos lembra os átomos, as células, os corpos celestes e todos os movimentos orgânicos que constroem um corpo vivo pleno de significados.
Um Ateliê com desperdício mínimo
O Ateliê Lemuel Gandara é um laboratório de experimentação artística e química onde o centro das pesquisas do artista é o Cerrado. Como forma de contribuir para um mundo mais sustentável, Gandara trabalha com a ideia de desperdício mínimo, em que as sobras do processo de criação de uma obra dão origem a outras.
Obras em destaque
As obras selecionadas apresentam um reflexo das minhas pesquisas. Temos uma arte têxtil, uma pintura da série Alquimia do absurdo e minha dissertação de mestrado
Fogo-fátuo, 2024
A vida, a morte e a transcendência pelas chamas. A obra é resultado de pesquisas sobre o fogo natural no bioma Cerrado (um dos mais desmatados do Brasil) e como esse elemento é fundamental no processo de decomposição e renascimento da vegetação autóctone. As cores e as formas são interpretações do fogo-fátuo a partir dos estudos químicos em diálogo com histórias advindas da cultura popular dos povos que habitam o planalto central brasileiro, onde está situada a capital nacional Brasília.
Raízes do futuro, 2024
Após pesquisas com os tons do Cerrado pós-queimada, criei Raízes do futuro. Ela é inspirada na força renovadora do fogo natural do bioma e foi preciso inúmeras camadas para atingir a tonalidade de preto que eu havia projetado para a tela.
Jane Austen no cinema literário: tradução coletiva e dialogismo no grande tempo das artes(2013)
No tempo da palavra romanceada, Jane Austen vive e transcende. No tempo da metragem fílmica, ela se atualiza, é animada, seduz. No grande tempo, romance e filme se assistem e assistem-se. É nessa relatividade temporal própria da arte que reside a fronteira entre a folha de papel e a tela para exibição. De modo a contribuir com a primeira recepção e com as que foram convergindo ao longo dos anos, propomos fazer uma reflexão teórica e crítica dos cinco romances da autora que foram traduzidos para a sétima arte: Razão e sentimento (1811), Orgulho e preconceito (1813), Mansfield Park (1814), Emma (1815) e Persuasão (1817).
Agenda
Araguaína (Tocantins)
VI FLUA - Feira Literária de Araguaína
LOCAL E DATA: UFNT, Av. Paraguai, esq. c/Rua Uxiramas, s/nº CEP: 77.824-838 Araguaína-TO, de 06 a 08 de novembro
Coreia do Sul
Color 2024
LOCAL E DATA: Czong Institute for Contemporary (CICA Museum), 196-30, Samdo-ro, Yangchon-eup Gimpo-si, Gyeonggi-do, Korea 10049, de 23 de outubro a 10 de novembro